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Explicado: Por que o Brasil sempre fala primeiro na Assembleia Geral da ONU

Todos os anos, desde a 10ª AGNU, em 1995, o Brasil é o primeiro a se dirigir à delegação, seguido pelos Estados Unidos.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, após falar durante a 76ª Sessão da Assembleia Geral da ONU na cidade de Nova York, EUA, em 21 de setembro de 2021. (Reuters)

Representantes de todo o mundo, incluindo o primeiro-ministro Narendra Modi, estarão discursando na Câmara da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em Nova York durante o Debate Geral Anual de uma semana, que começou na terça-feira. De acordo com a lista provisória de palestrantes divulgada pela UNGA, o PM Modi deve falar no dia 25 de setembro.

Durante o debate, amplamente considerado o destaque do encontro anual, as discussões provavelmente se concentrarão no impacto da pandemia de Covid, nas mudanças climáticas e na segurança.

Tradições de longa data regem várias das práticas seguidas pelas Nações Unidas até hoje. Tudo, desde a ordem dos oradores até a duração de seus discursos, é estabelecido em um complexo conjunto de convenções e estatutos. O Debate da Assembleia Geral é dividido em dois segmentos cada dia - uma sessão da manhã e uma sessão da tarde.

Todos os anos, desde a 10ª AGNU, em 1995, o Brasil é o primeiro a se dirigir à delegação, seguido pelos Estados Unidos. Após os dois primeiros discursos, a ordem dos palestrantes não é fixa e se baseia em fatores como o nível de representação e a importância do palestrante que representa o país.

Mas por que o Brasil sempre fala primeiro?

O Brasil foi o primeiro orador no debate geral anual da AGNU por mais de seis décadas. Embora alguns presumam que a ordem é determinada em ordem alfabética, esse não é o caso. Essa tradição remonta aos primeiros anos das Nações Unidas, após sua formação logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Naquela época, a maioria dos países relutava em ser os primeiros a se dirigir à Câmara. O Brasil, na época, foi o único país que se ofereceu para falar primeiro.

Alguns dizem que a tradição remonta a 1947, quando o principal diplomata do Brasil Oswaldo Aranha presidiu a Primeira Sessão Extraordinária da Assembleia. Ele também foi eleito presidente da segunda sessão da Assembleia Geral. Desde a 10ª Sessão em 1955, o Brasil sempre falou primeiro, seguido pelos Estados Unidos, com apenas algumas exceções.

Este ano, o presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, manteve a tradição ao fazer o discurso de abertura no fórum internacional na terça-feira.

Então, por que os EUA vão em seguida?

Na lista de palestrantes, os Estados Unidos sempre vêm em segundo lugar, atrás do Brasil, por ser o país-sede. O presidente dos EUA, Joe Biden, discursou na Câmara na terça-feira, detalhando sua visão para uma nova era da diplomacia em seu primeiro discurso da AGNU desde que assumiu o cargo, no início deste ano.

Qual é a ordem do Debate Geral?

Para começar, o Debate Geral é aberto pela Presidenta da Assembleia Geral, que este ano é a Chanceler equatoriana, María Fernanda Espinosa Garcés. Em seguida, o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, apresentará o Relatório Anual sobre as Atividades da Organização. O debate é então aberto após o discurso do presidente.

Como a ordem dos alto-falantes restantes é determinada?

Depois dos Estados Unidos e do Brasil, a ordem dos palestrantes depende de vários fatores. Geralmente a ordem é determinada pela posição do representante - chefes de estado, chefes de governo, príncipes herdeiros e ministros das Relações Exteriores estariam entre os oradores iniciais, seguidos por deputados e embaixadores.

Outros critérios, como equilíbrio geográfico, também desempenham um papel na determinação da ordem.

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